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Filmes Preferidos: Interestelar

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Algumas semanas atrás eu tive uma intoxicação alimentar e fiquei impossibilitada de trabalhar. Acho que era uma quarta-feira. No meio da tarde eu já estava na fase do "não consigo sair mais do lugar" e decidi assistir um filme que há tempos eu havia gravado na Sky.

Após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de astronautas recebe a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial, possibilitando a continuação da espécie. Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) investirá numa própria jornada para também tentar salvar a população do planeta. - AdoroCinema.


Quando eu era mais nova costumava dizer que queria ser astronauta. Até que assisti "Gravidade" e a vontade passou. Ainda assim me sinto muito inclinada a assistir filmes sobre o espaço, sobre o trabalho de astronautas, mesmo que seja um filme bem ficcional (ou não). Confesso que eu costumava estudar mais sobre o Universo. E Interestelar me deu uma vontade imensa de pesquisar! Considero a problemática central do enredo não a questão da extinção da humanidade, mas a Teoria da Relatividade. Não precisamos falar difícil para entender a Teoria da Relatividade de Einstein e dei uma pesquisada sobre isso.

Pode haver alguns spoilers sobre o filme. Como ele é de 2014 acredito que muitas pessoas já o viram. 

Simplificando: a teoria do físico diz que o tempo e o espaço é relativo. Por mais que estejamos parados no espaço estamos em movimento no tempo, indo em direção ao futuro. De acordo com a Teoria o tempo pode ser acelerado ou freado. Raciocinamos: o tempo para quem em movimento passa lentamente e para quem está parado ele passa rapidamente. A gravidade também interfere na Relatividade do tempo, quanto maior a gravidade mais lento é a passagem no tempo.

Por isso, quando Cooper está para viajar ele fala para sua filha que, quando voltasse, eles poderiam ter a mesma idade. Viajando no espaço em uma velocidade altíssima e visitando planetas com gravidade diferente da Terra o tempo mal passaria para ele. Já para a filha, na Terra, passariam vários anos.


É claro que minha breve explicação é muito simplista perto da complexidade científica do filme, mas é o que basta para entender as diferenças no tempo. Mas mais do que essa capacidade de me levar à estudar um pouco de Física o filme mexeu muito comigo. Talvez seja a relação forte de pai e filha que me tocou. Talvez seja a possibilidade de um problemão como o que a Terra está passando em termos de produção de alimento que se encontra num horizonte bem próximo. Talvez tenha sido as imagens, as possibilidades que me levaram a sentir que somos apenas grãozinhos de pó diante de um Universo bem maior que qualquer possibilidade. Confesso que algumas cenas me tiraram o fôlego. É aquela sensação de pequenez quando vejo isso aqui. Mas o filme mexeu muito comigo, é inteligente e emocional e se tornou um dos meus preferidos.

Gostei da atuação, dos efeitos e do roteiro. Mas o que mais gostei foi a capacidade do filme de instigar sentimentos em mim (percebi isso na minha mãe também, pra quem indiquei o filme). As questões humanas de sentimento, escolhas e solidão.  Não vejo a hora de assistir novamente e me fascinar pelas possibilidades do tempo e pelo amor de pai e o desejo de não desistir.

Ah, encontrei um blog incrível sobre Astronomia e Astrofísica que explica melhor a ciência por detrás do filme. É o blog da INAPE (Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais).

Já assistiu? Conta pra mim!

XoXo,
Grazy

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