Primeiro um desabafo: fazia tempo que eu não ia ao cinema em grupo. Aproveitei a vinda ao Rio no aniversário do Erick para irmos ao cinema ver o tão esperado filme no cinema do Shopping Tijuca. Me desculpem, mas que nojo! Banheiro mais que imundo, a sessão atrasou mais de dez minutos e, diferente de Sampa, realmente precisei apresentar ingressos de papel – desculpa, mas acho atrasado e antiecológico, não sei porquê o Ingresso.com tirou a opção do ingresso no celular mas pelo menos nos cinemas paulistas a maioria aceita você mostrar o ingresso eletrônico – enfim, pelo conforto, bem estar e qualidade, não dá vontade de voltar! Segundo, que público mais mal humorado!!! Arf! O filme é uma comédia e sim, eu ri em alguns momentos e inclusive caí (ou melhor, caímos) na gargalhada, afinal, não é todo dia que você vê o seu ator preferido discutindo estilistas. E não é que teve gente reclamando que estávamos rindo? Se eu estivesse em um filme sério, um drama, ou qualquer coisa inapropriada, ok, mas é uma comédia e eu acho que tenho o direito de rir das piadas do filme. Mas nada disso atrapalhou a minha diversão, só precisava desabafar com vocês!
Se eu já falei dos atores e da minha experiência de vê-los ao vivo no tapete vermelho em outro post, vou aproveitar para dizer o quanto eu também amo o diretor desse filme. Guy Ritchie, diretor de Sherlock Holmes e Snatch: Porcos e Diamantes. Acho ele uma versão inglesa dos irmãos Wachowski – de Matrix e da série Sense8 – com uma pitada de Tarantino, um diretor que além de experimentar novas formas de fotografia se apropria da estética do filme para que ele seja único e com a sua assinatura. Um filme de Ritchie é facilmente reconhecido, mas Guy também tem outro ponto a seu favor: como um bom vinho, ele se refinou com o tempo. Então, se eu já era fã dos transloucados Snatch ou de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, U.N.C.L.E. é um filme que não para um segundo, mas que não parece uma maratona. Eu não me senti perdida, cansada ou no meio de um filme que eu gostaria que pudesse voltar para entender o que o ator falou.
Para quem não sabe, o filme é baseado em um seriado de meados da década de 60 e decidiram manter essa ideia. Portanto em um mundo pós 2a Guerra Mundial, em plena Guerra Fria, nos encontramos em Berlim agora dividida em Oriental e Ocidental pelo Muro. No lado Ocidental, temos Kennedy, C.I.A. e Napoleon Solo, interpretado por Henry Cavill. Do lado Oriental, URSS, Kruschev, K.G.B. e Illya Kuruyakin, que por sua vez fica a cargo do americano Armie Hammer.
Além de atores lindos, o filme tem uma trilha sonora deliciosa, um figurino mega charmoso – parabéns para o alfaiate de Cavill, vestir aquele peitoral não deve ser fácil – carros interessantes e um roteiro redondinho. Os dois estão muito bem nos papéis, o que me fez pensar que Henry está mais que pronto para substituir Daniel Craig na sua aposentadoria como 007. Pausa para uma curiosidade: era para Cavill ser Bond ao invés de Craig, mas foi considerado novo demais para o papel na época. E SE daqui a alguns anos resolverem fazer outra continuação, (re)reboot ou algo do gênero de Exterminador do Futuro, podem chamar Hammer para suceder Arnold. Sei que Armie não é forte como o Arnie, mas eu juro que ele compensa na atuação e na altura (quando vocês assistirem o filme vão entender!).
Acho que nem preciso dizer que eu SUPER recomendo, né?! Tem ação, tem comédia, tem homens bonitos, figurino charmoso, uma boa direção, enfim, faz tempo que eu não saia do cinema assim: leve, com a sensação de ver um filme que superou minhas expectativas e que me divertiu tanto. E eu já disse que os atores são lindos? ;D
Beijos!
Sil
PS: AH! A URSS também tem o David Beckham! O jogador faz uma rápida participação bem no inicio do filme. Dessas tão rápidas que se a gente piscar, perde, então atenção para a cena onde Illya está sendo brifado sobre seu inimigo.
